22 de abr. de 2013

Chamado de Paris para o Alto Mar

Para além do horizonte, em um espaço onde nenhum estado faz a lei, se estende o Alto Mar. Este grande espaço que cobre mais da metade do planeta nos é mais desconhecida que a superfície da lua. Apesar disso, nos não viveríamos sem ele. Ele nos alimenta, nos fornece a metade do nosso oxigênio, equilibra nosso clima, sequestra a maior parte de nossas emissões de efeito estufa, permite quase todo comércio de mercadorias. Ele inspira nossos poetas, faz sonhar nossas crianças. Se ele pertencesse a uma só nação, um tal tesouro teria um valor inestimável. 

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Mas o Alto Mar não pertence a ninguém, ele deve ser gerenciado em nome do interesse geral, como um « bem comum da humanidade ». Um estatuto parcialmente adquirido em 1982 em Montego Bay, na Jamaica, um acordo que definiu um quadros, regras e uma autoridade para a exploração do fundo do mar, mas não para o espaço marinho. Com a Convenção do Direito do Mar, as Nações Unidas deram um passo essencial, necessário, em direção a uma governança pacifica do mar. Porem, trinta anos mais tarde, constatamos que esta etapa foi insuficiente pois a proteção definida hoje se revela inadequada para preservar uma joia cujas riquezas ainda são em grande parte desconhecidas.

Hoje, o Alto Mar é quase uma terra de ninguém, entregue à pilhagem de seus recursos de suas mais intimas profundezas, à poluição generalizada que se estende até os mares mais longínquos e aos diferentes tipos de tráfico ilícito. A imensidão morre, a vida se esvai e a urgência bate a nossas portas, antes que se revele o verdadeiro preço de nossa indiferença.

Mas ainda temos esperança: Em toda parte a sociedade civil se mobiliza e com ela as nações. Soluções existem. Encontro marcado para o segundo semestre de 2013, para que no mais tardar no final de 2014, no contexto das negociações sobre a Convenção do Direito do Mar, a Assembleia Geral das Nações Unidas lance as negociações para construir um instrumento internacional e proteção da biodiversidade em Alto Mar. Porem ainda existem barreiras e reticências a serem ultrapassadas.

Conscientes que somente uma governança internacional compartilhada, transparente e democrática irá permitir de proteger e gerar sustentavelmente as riquezas deste bem comum único, nos, signatários do “Chamado de Paris para o Alto Mar”.

- Nos engajamos a mobilizar as forças vivas da sociedade civil para apoiar os governos, parceiros econômicos e redes a obter um acordo ambicioso na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2014;

- Pedimos que um mandato claro seja dado pela Assembleia geral da ONU para que as negociações incluam: a preservação dos ecossistemas em alto mar ; o acesso e a partilha dos benefícios oriundos da exploração dos recursos genéticos marinhos; as Áreas Marinhas Protegidas ; As analises de impacto sobre o meio ambiente; o apoio à pesquisa e a transferência de tecnologia;

- Propomos que a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos seja levada em conta na gestão dos recursos do Alto Mar, em particular os recursos genéticos marinhos ( com os recursos necessários para bem exercer esta missão);

- Lembramos a necessidade de respeitar os objetivos de cobrir, antes de 2020, 10% dos oceanos por Áreas Marinhas Protegidas, estabelecidos a Nagoya em 2010 no contexto da Convenção sobre a Diversidade Biológica;

- Solicitamos que a sociedade civil seja plenamente associada a este processo internacional relativo ao uso e governança do Alto Mar.

Com estas resoluções, afirmamos que o Alto Mar não é somente uma questão de especialistas e profissionais, mas esta no centro das preocupações sobre a sobrevivência da humanidade e toca cada um de nos. Com gravidade, confiança e determinação, acreditamos que ele é um espaço claro para uma co-construção pacifica e exemplar entre Estados, que devem propor às gerações futuras uma « Economia Azul » inovadora, baseada no respeito dos ecossistemas e dos direitos humanos. Refundar a relação dos homens com o Alto Mar é essencial para contribuir tanto para o desenvolvimento humano quanto para a resiliência do planeta e do nosso clima. Trata-se de uma ambição urgente e essencial.

Do oceano vem a vida, queremos legar um oceano vivo aos nossos filhos. 
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Tara Oceans Polar Circle


A PARTIR DE MAIO DE 2013, TARA REALIZARÁ UMA CIRCUM-NAVEGAÇÃO DO OCEANO ÁRTICO DE 25000 KMS EM SEIS MESES PELA PASSAGEM DO NORDESTE E NOROESTE COM FINS CIENTÍFICOS E EDUCACIONAIS. ESTA EXPEDIÇÃO INTERNACIONAL CONTARÁ COM A COLABORAÇÃO DOS PAISES BANHADOS PELO DA OCEANO ÁRTICO, EM PARCERIA COM A FUNDAÇÃO PRÍNCIPE ALBERTO II DO MÔNACO E DE AGNES B.



ABORDAGEM CIENTÍFICA PARA A EXPEDIÇÃO
Todos os pesquisadores e institutos envolvidos na Tara Oceans 2009-2012 (a expedição anterior de Tara) irão acompanhar o projeto, m colaboração com laboratórios canadenses e especialistas Ártico russo. Durante a última expedição de Tara Oceans, apenas o Oceano Ártico havia falhado no esforço realizados para coletar plâncton em todos os oceanos do mundo. E extremamente importante comparar a biodiversidade do Ártico com a biodiversidade de outras regiões oceânicas no contexto das grandes mudanças que estão ocorrendo nesta área. Durante o verão de 2012, o gelo do mar Ártico derreteu de uma maneira nunca vista em alguns milhares de anos. Tara Oceans Research Polar Circle em 2013 será realizada na borda do gelo, onde o plâncton é a atividade biológica são mais intensas. Além desta abordagem biológica, outras questões específicas serão abordadas no oceano Ártico com uma abordagem química e oceanográfica. O objetivo é entender a vulnerabilidade da biodiversidade polar às atividades humanas, tais como o derretimento do gelo polar que impacta no ecossistema marinho, e como a poluição interfere nessas áreas remotas. A equipe experiente de pesquisadores formada desde 2009, a abordagem coletiva de estudo ecossistema abrangente e o material ainda disponível, combinado com a experiência de logística científica polar que Tara Expeditions possui, são fatores-chave que garantem o sucesso da expedição.

CONTEXTO
Esta missão irá contribuir para o esforço internacional de estudar o ecossistema Ártico antes de uma mudança provável no regime climático, fornecendo dados de referência sobre o estado ecológico das águas polares. Através da nossa presença, pretendemos sensibilizar os políticos e a comunidade empresarial e aumentar a conscientização sobre as questões ambientais mais urgentes no Ártico, bem como os problemas enfrentados pelas pessoas que habitam o Círculo Polar Ártico. Para alguns, a abertura de rotas marítimas, o desenvolvimento da navegação, possibilidades de pesca são incentivos económicos, para outros isso representa um risco ecológico. O desenvolvimento sustentável no Ártico está em cima da mesa de discussão.




AS PESSOAS 
Etienne Bourgois, presidente da Tara Expeditions
Romain Toublé, Secretário Geral de Tara Expeditions
Loic Vallette, capitão de Tara e da sua tripulação
Chris Bowler, Responsável Científico - Porta-voz (ENS / CNRS)
Eric Karsenti, Responsável Científico (EMBL / CNRS)
Gaby Gorsky, Responsável Científico (CNRS),
Marcel Babin, Responsável Científico (U Laval, CNRS)
Colomban de Vargas, Responsável Científico (CNRS / UPMC)
Emmanuel Boss, Responsável Científico (U of Maine)
Jean-Claude Gascard, Responsável Científico (CNRS).
E todos os coordenadores científicos da Tara Oceans.
Stefanie Kandels-Lewis (EMBL), Logística científica.

PROGRAMA DE SENSIBILIZAÇÃO 
- Um correspondente permanentemente a bordo que garantirá um seguimento da expedição em direto através do envio de documentos vídeo, fotos e texto pela Internet e redes sociais.
- parcerias com meios de comunicação social.
- Tara Journal no final da expedição.
- Produção de programas de TV
- Dispositivo de educação Tara Júnior

PARCEIROS 
Fundo agnès B.,
Fundação Príncipe Alberto II de Mônaco
Cidade de Lorient
CNRS,
EMBL
Genoscope,
Takuvik (LAVAL & CNRS)
Shirshov,
NASA
e laboratórios do consórcio OCEAN.

Sob o patrocínio de François HOLLANDE, Presidente da República Francesa